segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Se não navego - TECA MASCARENHAS

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SE NÃO NAVEGO
naufrago em terra firme
e o barro inclemente a me envolver
terá alento de morte

uma nuvem de pó
cegará meus olhos indóceis
e minh’alma cativa do tempo
se desolará feito um deserto

minha boca sequiosa
de palavras pulsantes
beberá a seiva acridoce das árvores
e minha língua calada
abraçará primitivas raízes

até quem sabe
num dia de outono
na pausa das folhas
exalando à flor
nasçam meus versos
que o vento despetalará
- poetizando meu nome

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS II - ANTOLOGIA - IN-FINITA

1 comentário:

  1. Descreve a sua nova morada, resultante de não navegar . Resultado da morte . Pensa ser possível aí fazer poesia.

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