segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Amar simplesmente -RÔ MARTINS

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E quando a gente se olha
É a nossa pele que grita o instante.
Quando a gente sorri
É a emoção escapando, aceleradamente,
para mergulhar no espaço
e adocicar o silêncio.
Quando a gente se beija,
desmistificamos, em sabor,
o saber confidente,
tonificando o refrão de um desejo ardente.
Quando a gente se encontra,
já não há razão para pouco querer...
A sensação que invade vai muito além
do que se pode prever.
Nem a distância resiste a tanto!
Embalados ao mais caloroso dos sentimentos,
estar dentro é suficiente para
o mundo se tornar um encanto.
Completas-me, serenamente.
Já não o tenho como um sonho,
mas como o fogo que a minha alma clama, por vezes,
tão de repente.
Despertaste-me doce e febril natureza,
rodopiando desejos em meu corpo e mente!
Como o trovão, teceste a loucura de um ser envolvente
e sob a luz da tempestade, aceleraste-me o pulsar.
És tu um redemoinho de sensações, num arrepio
sem fronteiras!
Foste capaz de inundar o universo dos meus sentidos
arrebatando, com um piscar, o mais sigiloso querer.
Essa paixão desmedida tira-me o ar...
O que hei de fazer?
Na esfera do amor, não deveria haver mistérios!
O caminho não poderia ser outro, se não único
para a certeza de um voo tão precioso.
Tanto anseio ao infinito torna o horizonte mais intenso
que o Mar.
Nesse Sol de inquietude, o brilho trespassa o olhar.
Enquanto a matéria de um bem maior se rende
ao esplendor de trazer-me para junto de ti,
há uma turbulência sem igual
Que pode o tempo marcar...
Quimera ser tão natural!
No amor nos cabe apenas, e tão simplesmente, amar

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS II - ANTOLOGIA - IN-FINITA

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