LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELO AUTOR
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noutros tempos eu sabia escrever a amor
mesmo que ele viesse dar-me a beber a cicuta
que o filósofo bebeu de vontade;
cairia depois de a beber no precipício,
mas sabia que a beleza do teu corpo
que amei, me fazia morrer feliz.
hoje avanço para a barcaça de Caronte,
e caminho com ela na noite escura
vergado ao zumbido dos ventos,
e ao uivar dos lobos que cantam
a sonoridade dum além sem regresso.
hoje
deixo-me afogar nas cinzas das águas do mar
antes que os olhos me ceguem
no fundo do longe e da ausência.
EM - O PRANTO DOS LOUCOS LÚCIDOS - ALVARO GIESTA - TEMAS ORIGINAIS
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