quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O mar dos meus pulsos - ANTHONY JUSZCZAK PORTES

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Na imensidão azul,
invisiveis faixas de luz me acordam nas ondas,
Sonolento verifico o rumo e sigo os velhos mapas
para dentro das nuvens palidas,
Fugindo das indecisões desta morada,
vou fundo ao fim da minha alma,
Solitário, tento me desprender do antigo
e sempre volto ao fundo do poço de lama.

Quais seriam minhas verdades,
se tuas mentiras não tivessem aparecido?
Naquela carta escrita perto da morte do meu amor,
sinto-me vencido.
Agora o cheiro dos vastos campos verdes
da nossa cidade apenas me lembram o de cinzas,
Viajando para o porto percebi,
que sou apenas mais um marujo com minhas incertezas

Ajoelho-me no cais,
Corro as laminhas nas minhas mangas,
Espero a água avermelhar-se e sorrio aliviado.
Como juras eternas de insanidade,
Eu agradeço meu gesto de misericórdia,
não para me ferir,
Mas meus cortes servem para lembrar de toda a maldade.

Teus olhos maldosos me vigiando de longe,
Teu corpo me servindo de sonho,
Meus olhos ardem com a claridade invisível
que me acorda no meio das ondas.

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS II - ANTOLOGIA - IN-FINITA

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