LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Saibam mais do projecto conexões neste link
São solitários ouvintes,
Que, ignorados,
Numa praça qualquer,
Contemplam, em silêncio,
Os transeuntes agitados,
Que passam apressados,
Com os olhos fixos,
Na tela do celular,
(Seu ocular lar)
Na hipnótica ação
Que os conduz
Em servil abstração
E os mantém encurvados
Sob o objeto adorado,
Qual beato contrito...
... que se faz refém do rito
Em penitente oração,
Prá ver se, do além,
Lhe chega algum livramento
Prá tão grande solidão.
Enquanto tal não ocorre,
Os orelhões, depredados,
Tombam aos pés dos algozes,
Seu antigos confidentes,
Que agora, indiferentes,
Não lhe dirigem as vozes,
pois estão muito ocupados
em virtual servidão.
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS II - ANTOLOGIA - IN-FINITA
Todos padecem do mesmo- na rua estão ausentes, todos a falarem ao telemóvel
ResponderEliminarOs orelhões não desempenham a sua função.
Sempre grato pela interacção...
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