sábado, 4 de novembro de 2017

Não sou poeta - MANUEL MACHADO

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Apenas rabisco em papel
Palavras doces framboesas,
Melífluas para o coração,
Vezes sem conta
Amargas cruéis ilusões,
Paixões, amores vividos.
Jogo com letras
Trazidas ao pensamento
Quando a brisa do mar
Apazigua desilusões,
Amores presentes, ausentes.
Juntam-se a outras
Aportadas por chilreantes pássaros
Em bandos emigrantes
Portadores de boas novas,
De longínquas paragens
Serenando meu coração
Amoroso, doloroso ou sofredor.
Oiço burburinhar
No silêncio da ausência.
Sigo pegadas em areia molhada
Quando em passeios
Mão dada à ilusão.
Saboreio cascatas
De pérolas salgadas
Jorradas dos olhos avelã.
Não sou poeta.
Quero ser pássaro, vento, etéreo.

EM - O QUE A MINHA CANETA ESCREVEU - MANUEL MACHADO - EDIÇÕES VIEIRA DA SILVA

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