LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELO AUTOR
Saibam sobre o autor neste link
Nunca tive idade para fazer coisa
alguma.
Aprendo a morrer diariamente na
estranheza do além.
Vejo o invisível quando estou como
estou:
Sem nada na alma como um bolso ou
caixa vazia.
Tenho pouco em tudo que não seja o
que é.
Gosto destes sustos que me levam ao
lugar de meu desterro.
As palavras em mim espocam no
escuro.
Bebo mais quando o pensamento se
atira contra a parede.
Ressurjo sempre no amanhã,
inexpugnável como uma sombra.
O sangue é a minha matéria que
escorre
Sempre quando ouso procurar o
indecifrável
Nada mais resta senão esta ausência
que roça a alma dos mortos
Dos mortos que aqui
estão a se esgueirar por sobre o nada.EM - POEMAS ESCUROS - JOÃO AYRES - ARMAZÉM DE QUINQUILHARIAS E UTOPIAS
Sem comentários:
Enviar um comentário