Não
tem pressa nenhuma esta maré,
que
passa todo o mês num vaie vem,
joga
tudo o que tem num cabaré,
muitas
vezes também o que não tem.
Enquanto
vamos nós, na boa fé,
de
valsar na maré, dança, porém,
não
se sabe dizer no rodapé,
se
pisamos ou não, o pé de alguém.
Assim,
sigamos nós, fazemos figa,
e
também prometendo À sorte amiga,
que
finalmente vãos merecê-la,
se
nesta vida alguém perde o telhado,
nas
noites estivais, do seu sobrado:
- Irá ganhar um céu,
cheio de estrelas!EM - LIVRO DOS SONETOS, DOS PRIMEIROS AOS PENÚLTIMOS - JOSÉ LUIZ MELO - NOVO ESTILO EDIÇÕES DE AUTOR
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