Quando vieres, ó morte, hás-de encontrar
minha alegria em plena primavera.
Não deixarei as rosas soluçar,
hei-de morrer de pé como uma fera.
Os frutos já maduros hão-de sorrir
ao breve adeus da minha despedida:
- até logo, direi - até surgir de novo
em qualquer folha renascida.
Depois é o regresso à escuridão
da terra, a simular tranquilidade,
descrente aconselhando confiança.
Só receio, afinal, que o coração,
a sete palmos de profundidade,
não deixe adormecer a vizinhança.
EM - PARA A DECIFRAÇÃO DO CAOS - MANUEL MADEIRA - LUA DE MARFIM
Excelente!
ResponderEliminarGrato pela visita comentada!
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