E assim do corpo resta um ocre tudo-nada,
do coração um suspiro em terra húmida,
do tronco a emanação de júbilo ou tristeza
quando o rosto se expõe de tão oculto.
Somos ensurdecedores cravos ou esferas,
ramificações em holística natureza e canto,
giramos em espiral, sendo a rotação amorosa
e o trato cruel, invisivelmente linguístico.
E de tudo ou nada sobra um sabor amendoado
quando te esqueces de ti, e, tardia, escreves
uma palpitação herdada, a dor e a cor do fruto
que desconheces e desejas alquebrada em sonhos.
EM - ADORNOS - ANA MARQUES GASTÃO - DOM QUIXOTE
Sem comentários:
Enviar um comentário