Há muito que não me lavo em águas limpas,
Diz o mestre; por mais barro que tragam
Do vento e da montanha
As águas são mais puras mais perfumadas
Longe dos homens. Observo-as
No chão - observo a virtude bem
Cultivada. Não preciso de ver o mar vinhoso
A pata do lobo as nuvens do outono
Para saber o peso dos pensamentos
Urbanos. Afasto-me e celebro
O culto antepassado: o fulgor
Das águas a cal rumorosa o pó das viagens
Sem regresso.
EM - NA VIA DO MESTRE - CASIMIRO DE BRITO - TEMAS ORIGINAIS
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