Este silêncio que à noite se infiltra como presença há muito esperada. Este silêncio que a brisa aconchega e pelos claustros sobrevoa o negrume da vida. É um bater de asas nas copas das árvores, uma doçura a escorrer pelas cornijas tão pelo tempo esbeiçadas e é também o reflexo da minha sede. Uma sede sem limites nem fim e onde uma ânsia de Amor me antecipa visões e êxtases. Este é o silêncio que sempre quis, aquele que à noite atravessa corredores e celas desenhando nas lajes as minhas Moradas - caminhos que nunca cedo, como se num antiquíssimo sonho uma nítida mão a mim me salvasse.
EM - NEGRO MARFIM - VICTOR OLIVEIRA MATEUS - LABIRINTO
Sem comentários:
Enviar um comentário