Caravela abandonada
Velas rasgadas ao vento
Nela, entra água envenenada
Pela história amargurada
Que o convés conta à lua
Em silêncio.
O desgosto das rotas e traçados traiçoeiros
As tramas das marés
Que roubam vidas aos marinheiros
As melodias manhosas
Das sereias vaidosas.
Tudo isto foi contado
Pelo convés à lua
Cheio de tristeza pela caravela
Que outrora navegara
E agora é um amontoado
De madeira que flutua.
EM - UNIVERSO DAS PALAVRAS - COLECTÂNEA - SINAPIS
Sem comentários:
Enviar um comentário