quarta-feira, 14 de maio de 2014

13 - VICTOR OLIVEIRA MATEUS

Toda a noite a lua
dançou dançou na orla do palmeiral. Seus braços de fina prata revestiam de brilho o vermelho da terra; armadilha de astro cego na desordem do mundo.
E toda a noite ela saltou, rodopiou, encenou a mais estranha coreografia no silêncio eloquente dos céus. Inconstante lua. Dissimulada. Vai-te imagem de mil abismos - tu que a tantos enredas com tuas múltiplas faces. Vai-te. Vai-te sinal do efémero, maga do instante . tu que na vida dos homens, sempre que queres, entras e sais. Vai-te e não voltes mais.

EM - PELO DESERTO AS MINHAS MÃOS - VICTOR OLIVEIRA MATEUS - COISAS DE LER

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