quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ecos de verão - EUGÉNIO DE ANDRADE

Quando todo o brilho da cidade
me escorre pelas mãos, que já não são
mais que fugidios ecos de verão,
a música dos dias sem idade
subitamente como fonte ou ave
rompe dentro de mim - e nem eu sei,
neste rumor de tudo quanto amei,
se a luz madrugou ou chegou tarde.

EM - AS PALAVRAS INTERDITAS... - EUGÉNIO DE ANDRADE - ASSÍRIO & ALVIM

1 comentário:

  1. Seria bom não pensar na idade, não a sentir...Um belo poema que respondo como sugestão, com "coração habitado",inserido na mesma temática. Gostei e agradeço.

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