Doze, catorze segundos, demoram
a boca na boca, mergulhadores
de águas em si mesmas não muito
profundas, mas atravessadas de fundura
em ideia e situação, artistas
da respiração e de com ela saberem
reter outros desejos
que ao mesmo tempo dissipam.
Despedem-se ou saúdam-se à porta
do centro comercial, tão novos
que era mais normal
que se detestassem. O mundo,
seus acidentes, sem dúvida noções
precoces para quem num abraço
se mete pelos blusões adentro
respirando depois onde também respiro.
EM - ELIOT E OUTRAS OBSERVAÇÕES - PEDRO MEXIA - GÓTICA
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