domingo, 25 de novembro de 2012

Contra a árdua torrente * - ANTÓNIO GIL


Contra a àrdua torrente
do tempo que me recobre
água cristalina sobe
em busca de sua nascente

o fluir é este instante
em movimento contrário
partindo de largo estuário
desaguando a montante

memória: secreto labor
lugar de perpétua esgrima
alquímica matéria-prima
convertida em luz d'alvor

EM - OBRA AO RUBRO - ANTÓNIO GIL - LUA DE MARFIM

1 comentário:

  1. Agradeço este poema que se enquadra no meu último texto com o desenho da lavra de um jovem que então desconhecia o "momento mirónico". está aí!

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