Molha em teu pranto de aurora as minhas mãos pálidas.
Molha-as. Assim eu as quero à boca,
Em espírito de humildade, como um cálice
De penitência em que a minhalma se faz boa...
Foi assim que Teresa de Jesus amou...
Molha em teu pranto de aurora as minhas mãos pálidas.
O espasmo é como um êxtase religioso...
E o teu amor tem o sabor das tuas lágrimas...
EM - ANTOLOGIA - MANUEL BANDEIRA - RELÓGIO D'ÁGUA
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