quinta-feira, 12 de julho de 2012

Labirinto - LUÍS FERREIRA


Houve um olhar,
Que vestiu o meu rosto
Submerso nos traços dos rios
Que fixaram o perímetro da pele.
O desejo perdido
Evaporou-se no último gesto
Quando se fechou o ímpeto das tardes,
No assombro de uma máscara.
Ainda espero,
Que a paisagem minta,
Afagando as urzes
Quando todas as palavras acordarem.

EM - O CÉU TAMBÉM TEM DEGRAUS - LUÍS FERREIRA - ESFERA DO CAOS

1 comentário:

  1. Gostei imenso deste poema,lançado no blog, revela acordes de classicismo à mistura de sons agrestes.

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