sábado, 23 de junho de 2012

Versos mortos - LÍDIA BORGES



Estou exausta!
Tenho andado a arrancar pela raiz
como ervas daninhas
os esquissos de poemas
que me afloram ao coração.

E são tantos!

Tenho o peito dilacerado,
cheio de versos mortos.
Poemas em pedaços que rasguei
antes que pudesse escrevê-los.

Não resistiram
à luz incerta deste sol
sempre avariado.

EM - NO ESPANTO DAS MÃOS - O VERBO - LÍDIA BORGES - LUA DE MARFIM

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