terça-feira, 29 de novembro de 2011

Obscura castidade - NATÁLIA CORREIA

Uma obscura e inquieta castidade
pôs uma flor para mim no jardim mais secreto
num horizonte de graça e claridade
intangível e perto.
Promessa estática no luar
da densidade em mim corpórea
não é a culpa, é a memória
da primeira manhã do pecado
sem Eva e se Adão.
Só o fruto provado
E a serpente enroscada
na minha solidão.

EM - POESIA COMPLETA - NATÁLIA CORREIA - DOM QUIXOTE

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