quarta-feira, 8 de junho de 2011

O cheiro das raposas - JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA

O chão era de cimento. Semeado de latas
de cerveja e embalagens perdidas, pacotes
de açúcar. Entraram os dois, a cara rapada,
o cabelo escuro, sobretudos negros.

                                                           O dia cheio de
folhas e nuvens. Andorinhas que voam baixo.
O mercador chegou com o carro repleto de
frascos coloridos e livros sobre os metais e a virtude
das terras. Acendo o cigarro breve do entardecer.
Levantou-se um súbito vento. Bóreas.
Transporta o cheiro a mato das raposas.

EM - TENTATIVA E ERRO - JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA - ASSÍRIO & ALVIM

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