quarta-feira, 1 de junho de 2011

Amor I - DOMINGOS MONTEIRO

Amei-te muito, amei-te tanto, tanto...
Como ninguém assim te amou, talvez.
Mais do que amara ainda um português,
Em horas de doçura e de quebranto.

Amei-te muito, amei-te tanto, tanto...
E tu bem sabes, meu amor, bem vês,
Como a minha alma lírica desfez,
Em halos d'oiro e mármore, este encanto.

Amei como amo; ainda mais aumenta,
Como um rumor longínquo de tormenta,
Esta afeição suprema e desvairada.

Tu és, amor, a estrela que me guia,
A minha eterna e santa aleluia,
Na noite do Infinito a madrugada.

EM - POESIA - DOMINGOS MONTEIRO - INCM

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