Meunier ou Rodin...'Sculpir, que belo!
Roubar o duro mármore às montanhas
E zás... à voz febril do camartelo
Brota-lhe a vida eterna das entranhas!...
Também um Verbo escultural anelo;
Quero às ideias dar, as mais estranhas,
Aquele estilo bárbaro e singelo
E transformar em deuses, brutas penhas.
Poeta, adoro as sóbrias esculturas;
Se encarno o pensamento em forma viva,
Talho as palavras como pedras duras;
Quebro, amacio, alteio, ali rebato-as,
Até lhes dar uma nudez altiva
- Que os grandes versos são como as estátuas.
EM - POESIA - JAIME CORTESÃO - INCM
Sem comentários:
Enviar um comentário