ir pelo mundo, andar entre a sucata,
não recear dos olhos que se sujem,
encontrar uma forma que se engata
e outra forma em sombra de ferrugem
e se uma a outra ir engendrando amarras
e explosões contínuas. requer-se
que paciência e alma tenham garras
e gruas e sapata e alicerce
e lugar onde e planos da paisagem
e em tudo um desoculto parentesco
do gancho ao berbequim e à cofragem
que há-de rasgar depois um arabesco.
foi acaso? destreza? estafe? gesso?
eram restos de tudo. é o começo.
EM - POESIA 2001/2005 - VASCO GRAÇA MOURA - QUETZAL
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