quinta-feira, 31 de março de 2011

Por vezes a boca...* - ANTÓNIO RAMOS ROSA

Por vezes a boca e o horizonte comunicam
longínquos mas sobre a mesma mesa
e da espessura do sono a melodia
levanta-se na glória de uma sala transparente
E tudo está presente em vermos da varanda
o ébrio sossego dos longos voos das aves
ou a tranquilidade dos rebanhos de arbustos
que nas encostas sobem até ao cimo azul
Reencontramos assim a nitidez do nascimento
e o canto das sílabas brancas e o corpo intenso
no seu ritmo de júbilo em ser o pleno espaço

EM - DELTA/PELA PRIMEIRA VEZ - ANTÓNIO RAMOS ROSA - QUETZAL

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