sábado, 12 de março de 2011

Ó prisioneira...* - ANTÓNIO RAMOS ROSA

Ó prisioneira de um imóvel pássaro
e teu reino é branco sob uma coroa do silêncio
o teu nome é a tua própria respiração
O teu quarto é uma imagem mas é também uma pedra
As tuas pálpebras são irrigadas pelas falanges da chuva
Num lado tu desvias e separas
no outro situas e reúnes
A íris escuta sob a íris
o horizonte divisa-se através das árvores
os círculos esvaziam-se dos seus nomes
o vazio multiplica os elos do vazio

EM - DELTA /PELA PRIMEIRA VEZ - ANTÓNIO RAMOS ROSA - QUETZAL

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