sábado, 3 de julho de 2010
Retrato de amigo - JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS
Por ti falo. E ninguém sabe. Mas eu digo
meu irmão minha amêndoa meu amigo
meu torpel de ternura minha casa
meu jardim de carência minha asa.
Por ti morro e ninguém pensa. Mas eu sigo
um caminho de nardos empestados
uma intensa e terrífica ternura
rodeada de cardos por muitíssimos lados.
Meu perfume de tudo minha essência
meu lume minha lava meu labéu
como é possível não chegar ao cume
de tão lavado céu?
in... Obra poética - JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS - Edições avante
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Tem os que passam
ResponderEliminare tudo se passa
com os passos já passados
tem os que partem
da pedra ao vidro
deixam tudo partido
e tem, ainda bem,
os que deixam
a vaga impressão
de ter ficado
Alice Ruiz
Bom Fds com amor e poesia...M@ria
NÓS SABEMOS QUE ESSE AMIGO a quem é dedicado este poema ,poder-se-ia chamar amor. É próprio do autor esta intensidade ,contagiante ,em todos os seus poemas que nos deixou, grande parte musicados.
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