segunda-feira, 26 de julho de 2010
Morreste sem alarido* - GRAÇA PIRES
Morreste sem alarido.
De que morte?
me pergunto.
Descentrado no tempo,
rasgavas o silêncio
dos caminhos que te perseguiam.
A via-láctea, entretecendo
teu delírio, nunca me devolveu
a forma imprecisa do teu vulto.
Inclino o rosto
para a luz dispersa da lua
e vejo o teu nome
nas pupilas das aves nocturnas.
Deixo, então, que soltem tuas cinzas
na mancha desta página,
onde ainda ressoam os teus passos
in... Uma extensa mancha de sonhos - GRAÇA PIRES - Labirinto
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* Os poemas deste livro não são titulados. Usei o 1º verso como titulo por questões logísticas
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Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
ResponderEliminarFaça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”
Clarice Lispector
Feliz Semana com amor e poesia.
Beijos de coração prá coração! M@ria