segunda-feira, 22 de março de 2010

À memória de Ulina - MANUEL MARIA BARBOSA DU BOCAGE



Sonho, ou velo? Que imagem luminosa,
Esclarecendo o manto à noite escura,
A meus olhos pasmados se afigura,
Sopeia a tua dor, alma saudosa!

De mais vistoso objecto o céu não goza,
A clareza do sol não é mais pura...
Que encanto! Que esplendor! Que formosura!
Caiu-te um astro, abóbada lustrosa!...

Sorrisos da purpúrea madrugada,
Vós tão gratos não sois... Ah! Como inclina
A face para mim branda, apiedada!

Refulgente visão, tu és de Ulina;
Tu és cópia fiel da minha amada,
Ou reflexo talvez da luz divina.

in... Antologia poética - BOCAGE - Verbo

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2 comentários:

  1. Desconhecia...mas gosto das escolhas que fazes,
    obrigada Manu por dares a conhecer outras leituras.

    Bjs dos Alpes...

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  2. Boa Manu...
    Um poeta da minha Terra... gosto muito de Bocage...

    Ah grande Bocage... ahahahahah

    beijo para ti Manu!

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