Eu gosto de nadar nas águas, livremente,
Prazer que tu também, por certo, já tiveste.
Gosto de dar-me ao sol, embora ele me creste,
Gosto de o ver também escoar-se no poente.
Mas nem por isso odeio a chuva impertinente,
A neve sem ter lar, a ventania agreste;
Tanto me faz sentir que a Primavera veste
Como o Outono despe a Natureza ardente.
Quero ser livre, enfim, como a luz que me guia,
Ver com o mesmo olhar a noite como o dia,
Sem precisar de alguém que me conduza e exorte.
Quero ser livre assim, como a minha poesia
Que ama de igual maneira o sol e a ventania
E seu beijo final reserva para a morte!
in... Trovas do meu pensar e do meu sentir - ROBERTO DURÃO - Editorial Minerva
Site da editora aqui.
Quero ser livre assim, como a minha poesia
ResponderEliminarQue ama de igual maneira o sol e a ventania
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Gostei.
Bjs, dos Alpes.
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ResponderEliminarA poesia de Roberto Durão é tão intensa como a sua própria forma de a sentir e dizer.
Este soneto não é excepção.
Um abraço