segunda-feira, 30 de junho de 2025

Falei de ti - Desafinador de palavras

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Falei de ti ao meu coração
Ele sorriu, disse que eu era sempre o mesmo
Que não tinha emenda
Chamou-me tonto
Disse-me mais uma vez, para esquecer
Disse para nesse assunto, pôr um ponto.
Virei a página mais uma vez…
E esqueci…
O meu coração tem sempre razão
A minha mente é uma constante tribulação
Uma constante sedução
Por mais paixões que eu evite
Caio sempre nelas, nas paixões indesejadas
Que eu a elas sempre digo que sim
Mas que o meu coração
Não admite…

EM - PAIXÃO - FRANCISCO MCM FAUSTINO (DESAFINADOR DE PALAVRAS) - IN-FINITA

domingo, 29 de junho de 2025

11 - Elizabete Dente

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Ternura para uma vida no teu ventre tão sagrado 
Poema que se faz dia 
Num amor tão desejado 

A tua aura tão bela enfeitada de flores 
É espelho de sentires 
Feito de todas as cores 

Tão bela cheia de encantos és tecida de magia 
Danças ao sabor do vento 
A semear alegria 

Nos sonhos e fantasias pintadas e coloridas 
Rodopiam ilusões 
No teu sorrir poesia

EM - 60 ANOS, 60 POEMAS - ELIZABETE DENTE - IN-FINITA

Coma com os olhos! - Elizabete Nascimento

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Olhos de estrelas,
límpidos e sem nuvens.
Inundaram-me,
desnudaram-me,
despossaram-me.
Despossando-me!
Possuíram-me,
iluminaram-me,
devoraram-me.
Devorando-me!
Fez-se único, constelação.
Olho, resplandecente,
d’uma alma inteira.

EM - IMPÉRIO - ELIZABETE NASCIMENTO - IN-FINITA

sábado, 28 de junho de 2025

Hera - Adélio Amaro

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Tu apenas querias os segredos de Zeus.
Com cabelo ornado e deleito de romã,
A tua pureza na juvenil manhã
Tatuou teus braços alvos sem conselhos meus.

Na coberta de Eco, com lençol de luar,
Vingavas a tua dor, áspera e vagante,
Flagelando a ninfa de Zeus, faúlha e amante…
Tens em ti Io, unida ao degolado olhar

De Argo que Hermes te entregou. Com olhos urdidos
Adornaste o nosso sagrado pavão. Aceito…
Com teu cetro brada-me o peito, magoado

Pelos ciúmes que nos deixaram feridos.
Sangra-me a fertilidade onde me deleito
e regaça-me em teu leito, sempre a teu lado.

EM - DIVA MITOLÓGICA 73 SONETOS - ADÉLIO AMARO - IN-FINITA 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Pensamentos (excerto 1) - Davi Santos

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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A noite sem entender o que estava a acontecer.
Pensei em ti não conseguia adormecer.
Surgiram dúvidas em mim.
Essa rotina nunca foi minha o que está acontecer?

Comigo mesmo comecei a aborrecer.
Queria que já começasse a amanhecer.
Ficar só deitado com celular não mão não dava.
Ficar só nisso eu não aguentava.

A cada hora só pensava em você.
Ao tentar movimentar-me,
a sua imagem na mente é a primeira a aparecer.
Até parecia que fiquei preso à você.
Conversas longas, eu não tinha mais o que dizer.

Não tenho muito que pensar,
se apenas penso em você.
Amanheceu numa profunda calmaria.
Eu já querendo saber o que aconteceria.
Pensei em que tipo de surpresa eu faria,
no que lhe diria.

Mas nem tudo que se pensa torna real.
Foi por isso que o dia não foi igual.
Tudo que aconteceu no dia foi normal.
Só que a noite me dei mal.

EM - MISTÉRIO AMOROSO - DAVI SANTOS - IN-FINITA

Camões - António Soares Ferreira

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Diu, Damão, Goa…
Para a India foste deportado
Obrigado a deixar Lisboa
Mas eis que começa o teu legado.

Obra-prima de um homem só
Qual Da Vinci ou Mozart
O príncipe não, o Rei dos poetas
E toda uma nação a amar-te.

Diz a história que morreste na pobreza
Com apenas uma esmola dada pelo Rei
Para sempre ficou essa grande riqueza
Que no mundo inteiro devia ser lei.

Lida e estudada em todo o lugar
Qual iluminação trazida por híadas
Onde se expressa todo o verbo amar
Nessa obra que ficou… Lusíadas.

EM - NUM MAR DE PALAVRAS - ANTÓNIO SOARES FERREIRA - IN-FINITA

Objectos sem vida - Celso Cordeiro

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Objectos inertes deixados
na mesa de trabalho abandonada
são sinal do silêncio que me habita,
da palavra que não é escrita
e da poesia feita letra morta.

São quase mera recordação,
na prostração a que me rendo
nesta espécie de calma apatia
em jeito de poética agonia
vivida agora a cada dia.

Objectos inanimados deixados
sem uso porque a mente não cria
quando até a palavra emudece,
e quando até a poesia fenece
resta a mente que padece.

... dessa forma o verso não cresce!

EM - NO CAMINHO DO VERSO - CELSO CORDEIRO - IN-FINITA

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Nascer - Ivo Álvares Furtado

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É o aflorar para a vida
e começar a viver;
é olhar e reconhecer a sua tribo,
mãe, pai, familiares e amigos,
o quarto onde está
e os espaços contíguos;
é agarrar a vida,
com ambas as mãos,
e com saúde, viver o dia a dia,
serenamente, com a mente,
mas também com o coração;
viver cada momento, plenamente,
com equilíbrio e ponderação.
Nascer, desde logo significa, respirar,
mamar, dormir, rir e chorar
e entretanto crescer;
depois, falar, gatinhar,
andar e correr;
mais tarde, socializar, escolarizar,
e ser gente capaz de amar.
E com a vida a decorrer,
jamais deixar de viver!

EM - A SEMENTE VERDE DA ESPERANÇA - IVO ÁLVARES FURTADO - IN-FINITA

Ao páramo celeste (Soneto hendecassílabo) - Iran Lobato de Andrade

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Após estertor da morte insana,
Falência orgânica da lei fatal,
Aparto-me da derme e plasma letal,
E o umbilical, à gestão microbiana.

Desnudo a irreal vaidade humana,
Acendo a chama para o transcendental.
Com a alma liberta da larva mortal,
Vislumbro o local do eterno nirvana.

Sacrário lirial onde a musa aparece
Em forma de prece, fulgura e enobrece
Num coral de anjos e no de arcanjos,

Onde o estro do vate o verme não come,
Declamo risonho os versos helenos
No alto parnaso rimando pra Vênus.

EM - COUSA AMADA 2 - COLETÂNEA - IN-FINITA

Aconchego-te - Fernando Vasconcelos

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Aconchego-te, sobre essa laje
Áspera, pérfida e fria
De iceberg viajante
Para que teu corpo não congele
Aquele teu coração caloroso
Levando-o ao desamor
Em noite vazia, e amorfa...
Aconchego-te
E envio-te a semente
Em procura de um suplemento
Que preencha e possa
De novo
Renovar nossos votos
Abrilhantando nossos dias...

EM - VERSOS E DESABAFOS - FERNANDO VASCONCELOS - IN-FINITA

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Falaram de mim - Desafinador de palavras

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Falaram de mim, falaram mal de mim nas minhas costas,
foram cobardes.
Eu percebi, mas fiquei calado, não quis mais guerras, não
me quis desgastar.
Estou farto de pessoal mal resolvido e ressabiado.
Mas vai haver o dia, que mesmo sem eu falar, até mesmo,
sem um pequeno olhar, vos direi a verdade.
O meu próprio silêncio vos dará respostas.
E aqueles que falaram nas minhas costas, nesse dia, irão
ficar, apenas com as suas vidas expostas.
Nesse dia, todos saberão a verdade, apenas pela minha
forma de estar na vida, pela forma, como eu vivo em liberdade.
Não… não insistam… não aplico a lei da reciprocidade.
Nesse dia, todos saberão que eu vivo na paz do Senhor e
no bem.
Mas se quiserem, também sei dançar, conforme a música
que metam a tocar…
Eu não sei cantar… mas sou perfeito… a dançar…

EM - PAIXÃO - FRANCISCO MCM FAUSTINO (DESAFINADOR DE PALAVRAS) - IN-FINITA

terça-feira, 24 de junho de 2025

10 - Elizabete Dente

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As flores do meu jardim são lindas e perfumadas 
Têm auréola de luz 
Pétalas aveludadas 

Trazem no rosto a candura de sonhos e madrugadas 
E nos seus fatos sedosos 
Rosas brancas perfumadas 

Trazem na voz a ternura serena em oração 
Trazem no olhar o beijo 
Que adoça o coração 

O seu sorriso tão belo na essência do sentir 
Afagam os meus delírios 
No presente e no devir

EM - 60 ANOS, 60 POEMAS - ELIZABETE DENTE - IN-FINITA

Venha sem demora! - Elizabete Nascimento

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Se demorar a chegar
Talvez não irá me encontrar

Levarei comigo
O seu beijo na minha boca.

Levarei comigo
O seu cheiro na minha pele

E sentirei a falta...

A falta de não viver contigo
a minha eternidade.

Não venha!
Necessito degustar com voracidade o sabor,
O sabor mágico da tua ausência.

EM - IMPÉRIO - ELIZABETE NASCIMENTO - IN-FINITA

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Gaia - Adélio Amaro

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Não fui Úrano. Não fui manto azular.
Não te concebi ciclopes de olhar aberto.
Não estendi o lar eterno no luar incerto
No imo onde Ponto afundou o anciano do mar.

Não possuo cem mãos, nem cinquenta cabeças.
Não sei prever as dores do teu germinar
Nem expelir do teu peito o aço. Ao deitar
meu olhar anoitece na espera que amanheças.

Não aceitei a imortalidade dos teus gigantes,
Não icei a luz das folhas para os alimentar
E dormi nos véus de Nix. Na estrela negada

Pereceu o meu desejo de sermos amantes.
Trepei o céu, apinhei serras na escuma do mar
E cerrei a Terra no alvorar da madrugada…

EM - DIVA MITOLÓGICA 73 SONETOS - ADÉLIO AMARO - IN-FINITA 

domingo, 22 de junho de 2025

Declaração (excerto 4) - Davi Santos

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Quando percebi o tempo, já era alvorecer.
Faltava pouco para amanhecer.
Noite toda sem dormir, nem deu para perceber.
Sol pela janela, a flor do dia,
agora ia adormecer com o cantos dos pássaros.
Eu fixando no papel letras sobre nós.
Vi um valor colossal no que sentíamos,
pedras preciosas ou algo do tipo cobre.

Meu corpo estava pesado e sonolento.
Já previ um dia cansativo e ronceiro.
Meus deveres tinham que ser feitos.
Mesmo com isso foi um dos dias mais perfeitos.

Sua imagem na minha mente ia se transpassando.
Só com legendas amorosas demonstrando.
Não pensava em ti mas a partir daquela noite,
fui começando.
Comecei a entender o que estava se passando.

Passastes a fazer parte do meu cotidiano.
Dando brilho ao meu sentimento igual à luz do dia.
Tonando cada vez mais quente o meu coração
igual sol ao meio-dia.

Fiz várias edições românticas,
daí descobri outra competência.
Mesmo dando trabalho por ti, tive paciência.
Sempre com a minha resiliência.

EM - MISTÉRIO AMOROSO - DAVI SANTOS - IN-FINITA

Avesso - António Soares Ferreira

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Não te fies no meu sorriso
Nem sequer no meu ar simpático
É que tenho pouco juízo
E nem sou nada prático.

Sou complicado em demasia
Fervo rápido em pouca água
Porque apesar deste ar de cortesia
Temo causar-te alguma mágoa.

Sou aquilo a que chamam um falso calmo
Dizem alguns que as aparências iludem
E até com uma certa dose de razão
Mas muitas vezes nem sequer a entendem.

Não te fies no meu sorriso
Acredita antes no meu mau humor
Porque sei que o sou de verdade…
Com toda a verdade, um ser feito de amor.

EM - NUM MAR DE PALAVRAS - ANTÓNIO SOARES FERREIRA - IN-FINITA

Quando a fúria me invade - Celso Cordeiro

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Se há coisa que me deixa eriçado
é sentir que estou a ser enganado
e a mentira me vendem como verdade,

ficam-me hirtos todos os pelos
dos braços, da barba e até os cabelos
pela desfaçatez de tanta maldade,

fico com ar de louco esgazeado
pelo esforço inútil e desmesurado
para controlar a fúria que me invade,

até os olhos ficam arregalados
enquanto os mentirosos descarados
não se decidem falar a verdade.

EM - NO CAMINHO DO VERSO - CELSO CORDEIRO - IN-FINITA

sábado, 21 de junho de 2025

Descobrir em cada pessoa, a poesia - Ivo Álvares Furtado

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É preciso estar atento
e observar a cada momento,
o desabrochar da poesia,
em cada pessoa,
no adequado tempo.

EM - A SEMENTE VERDE DA ESPERANÇA - IVO ÁLVARES FURTADO - IN-FINITA

Posfácio 1580 - João Pela

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Nobre estudante com ânsia do saber,
Ama arruaça e suas conquistas,
Enfrenta amantes e estoquistas,
Coração grande, tudo a ganhar ou perder.

Mestre no verbo enaltece o amor,
Força da espada fez dele soldado,
Conheceu cárcere e foi desterrado,
Inveja não perdoa paixão nem valor.

Sobreveio ambição do Cardeal,
À insensatez de Sebastião,
Trágica história que acabou mal.

Ainda teu esquife não foi à terra,
Sofre e periga a amada Pátria,
Filipe invade e toma sem guerra.

EM - COUSA AMADA 2 - COLETÂNEA - IN-FINITA

Caminho - Fernando Vasconcelos

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Esse caminho que eu trilhei
Sobre uma vaga exaltada
Que me fez naufragar!
Deu-me a força para vida
Para poder voltar a andar...
Sobre finas e ruivas areias
Moldadas pelo forte vento
Vou suplantado tropeços
Calcorreando diligente
Sobre terra, à beira mar...
A crença já dança comigo
Sem a máscara dos espasmos
Psicadélicos desventurados
Vestindo agora a preceito
Um fato virtuoso...

EM - VERSOS E DESABAFOS - FERNANDO VASCONCELOS - IN-FINITA

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Eu - Desafinador de palavras

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Tento ser…
Tento ser aquilo que não sou
Nunca fui, nem nunca serei

Tento dar…
Tento dar aquilo que não tenho
Nunca tive, nem nunca terei

Tento fazer…
Tento fazer aquilo que não sei fazer
Nunca fiz, nem nunca irei aprender a fazer

Enfim… sou eu sempre a tentar
A tentar fazer algo por mim
A tentar fazer algo por ti
Sem ser…
Sem ter…
Sem saber…
Sem nada…

EM - PAIXÃO - FRANCISCO MCM FAUSTINO (DESAFINADOR DE PALAVRAS) - IN-FINITA

quinta-feira, 19 de junho de 2025

7 - Elizabete Dente

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Nasci nas terras altas entre os montes 
No meio das searas e das serras 
No despertar da madrugada luminosa 
Longe dos ódios e das guerras 
Atravessei o mundo nos meus sonhos 
Guardei na palma da mão cada viagem 
Naveguei no meu barco de esperanças 
Mergulhei para lá da outra margem 
Dei voltas e mais voltas sem saber 
Quem era eu ou quem deixava de ser 
Revoltei-me chorei amargamente 
Em pouco encontrei o meu prazer 
Despi-me de impurezas e queixumes 
Das culpas de martírios e tristezas 
Cobri-me de luz e de alvura 
Despi o coração de incertezas 
Segui pelo caminho do perdão 
Guiei-me pela luz em esplendor 
Deixei o inferno dos meus dias 
Agradeci a Deus o Seu amor 
Agora sigo airosa esta estrada 
E corro livre solta apaixonada 
Ainda que a noite desça em tormenta 
Sei que haverá sempre uma alvorada

EM - 60 ANOS, 60 POEMAS - ELIZABETE DENTE - IN-FINITA

Refaça a rota! - Elizabete Nascimento

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Pensem nos pobres,
velhos abandonados,
mudos, astênicos.
Pensem nos anciãos,
sós, sem sol, repelidos.
Pensem em humanos
robôs na multidão,
rotas alteradas.
Pensem no isolamento
como exílio, banimento.
Mas oh!
Não se esqueçam da quarentena,
de quem chorou,
de quem lutou,
de quem ajoelhou,
de quem partiu...
Oh! Quem ficar, lembrem-se!
Do extermínio em massa,
do terrível sofrimento do estar longe,
de quem sempre estará perto.

EM - IMPÉRIO - ELIZABETE NASCIMENTO - IN-FINITA

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Freia - Adélio Amaro

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Tua felina carruagem, dia trágico,
Vestiu-te de runas. Festim outonal
Fez-me ferreiro no belo bosque formal.
Nele fundi a chama para o teu colar mágico.

Desejei combater no manto dos guerreiros,
Embrulhado nas sardas de aroma a jacinto.
Fugiste de Asgard no teu javali faminto…
Valquírias arquearam nove feiticeiros…

Não esqueço a tua aura brilhante e malfeitora,
A tua luxúria no lençol infernal
E a luta, sem anão ver, para te abraçar.

Deixa... Sai de mim excitada sedutora.
Deixa-me na melodia irracional,
Faz-me o trovador do infinito ao luar.

EM - DIVA MITOLÓGICA 73 SONETOS - ADÉLIO AMARO - IN-FINITA 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Declaração (excerto 3) - Davi Santos

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Foi a declaração do ano.
Muito profano.
Lembro bem a data e o ano.
Foi pura felicidade, nada que causa dano.

Os dias passaram a ser declarativas.
Todos os órgãos do corpo ficaram mais ativos.
Na vida de um e do outro, passamos a ser participativos.
Ser feliz ou triste é sinal que estamos vivos.

Ambos em sorrisos de celebração.
Pois aquela menina fez acelerar meu coração.
E eu que ainda passei a ter nela segunda intenção.
Já pensando o que daria a nossa junção.
Nos meus pensamentos, tornaste tentação.
Vivendo um romance, drama e ação.
O bom é tudo ser real, nessa geração.

Não sei se estava muito apressado.
Fiquei sem saber o que fazer.
Sem o que lhe dizer.
No momento sentir o que estava a efetuar-se.
UAU! Tão bom que só deixei realizar-se.

Cada vez mais, me aponderando.
Nem percebia que o tempo estava passando.
E eu, me aprofundando.
O melhor de nós estávamos demonstrando.

EM - MISTÉRIO AMOROSO - DAVI SANTOS - IN-FINITA