quarta-feira, 3 de julho de 2024

No silêncio escrevo - Clara Borges Marques

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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No silêncio escrevo,
Abro meu coração
Vejo o brilho do céu,
Minha alma fica com emoção
Nas linhas de encantos poemas/,
Luís de Camões deixou um bom legado,
Para mim será sempre
Um poeta muita consagrado,
Bons cantores e fadistas
Cantam Camões com amor
Ele entregou-nos os lusíadas
Leitura com muito valor,

Português de grande garra
Conquistou grande valor
De Portugal com liberdade
Mas também foi lutador

EM - LIBERDADE - COLETÂNEA - IN-FINITA

Filho das rosas - Tito Lívio Lisboa

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Filho das rosas índigas dos rios
Que parem sentimentos e sussurros
Narciso, como um céu entre navios,
Afogado nos êxtases dos urros

Conquanto vagaroso nos mergulhos
Joga-se a definir a vida em brios
Seu sexo para as ninfas traz esbulhos
Do corpo delas próprias, desvarios

Narciso se conhece pela morte
Cumpre sua sentença ao se encontrar
No fundo dos mistérios dessa sorte

Estranha coincidência de incertezas
Narciso feito imagem a adornar
A sombra feita em flor nas margens presas

EM - 7 JANELAS PARA O TRANSITÓRIO - TITO LÍVIO LISBOA - IN-FINITA

terça-feira, 2 de julho de 2024

Sobre a caminhada - Renata Lima

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Sentei num canto do caminho.
Fiquei quieta.
Comecei a me derramar.
Poças transbordavam, saindo dos lugares escondidos.
Olhos, peitos, dedos soltavam lágrimas guardadas.
Me molhei inteira.
Não me afoguei.
Surpreendentemente, flutuei.
Era o que precisava: chorar o choro
Que muitas vezes havia enclausurado,
Para não assustar ou incomodar os outros.
Ou simplesmente, por nem saber ao certo explicá-lo.
Chorar não significa nunca mais, sorrir de novo.

EM - QUE SEJA MAIS - RENATA LIMA - IN-FINITA

O cravo perfumado (excerto) - Céu Coelho

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Um cravo vermelho e perfumado
Encheu de cor e esperança
A capital de um país inconformado
Sedento de liberdade e mudança!

Os cravos vermelhos e perfumados
Foram as balas das espingardas
E dos tanques de guerra blindados
Que invadiram as ruas da cidade
Vazia de gente inocente
E cheia de homens com fardas...

Não houve fogo nem sangue
Naquele dia abençoado,
Só um cravo vermelho e perfumado
Daria o sinal de um novo começo.
E foi a força e o poder
De camaradas sonhadores,
Fardados e com armas desarmadas,
Que saíram às ruas para mostrar
A sua revolta e indignação
Face a um governo indiferente
À dor de um povo sem idade,
Reinado pelo medo e tortura,
Na miséria e com falta de liberdade!
...

EM - LIBERDADE - COLETÂNEA - IN-FINITA

Revolta - Elizabete Nascimento

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Eu choro, ó alma tão linda! 
Não aceito de fato, a vida. 
Repleta de agonias e renúncias, 
prisão de dores infindas... 

Assombra-me a revolta, 
dessa vida senhora e má. 
Beleza, bem sabes, não há! 
A paz tão querida e sonhada, é mito! 
Cansada dessa existência sinhá. 

Revolto contra tudo e todos. 
Lamento, nunca, jamais a encontrar. 
Sou nada, pequena e frágil... 
Escorre na face, o pranto. 

Não é só, a água celeste do mar, 
salgada e revolta. 
A vida, abrigo de dor e tristeza, 
de traições e lamúrias, envolta. 

Revolta! 

O corpo vazio de bonança 
se esquiva suspenso no ar. 
E sigo andarilha, à deriva, nessa ilha. 
Não! Não posso voltar!

EM - GRANADA - ELIZABETE NASCIMENTO - IN-FINITA

segunda-feira, 1 de julho de 2024

A dinastia da serpente - Pedro Miguel Santos

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Frio é o sangue dos reis de Uruk,
idolatram a lua, a serpente e a negra magia,
vinda do cosmos…
Esse trono do espírito não está vago,
múltiplas gerações,
se sentam no trono da terra,
nas trevas manipulam,
por todo lado abundam aqueles que a ele servem,
o trono de Samael, a tentadora do Éden!
A divisora da natureza humana de Atlantis e lemúria,
da miséria eles prosperam dão ânimo, para que na miséria
os miseráveis permaneçam,
castram a esperança humana devoram o medo,
nesta realidade, tudo é possível,
na dimensão de trevas draconianas...

EM - APÓS A ATLÂNTIDA - PEDRO MIGUEL SANTOS - IN-FINITA

50 anos passados (excerto) - Celso Cordeiro

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50 anos decorridos
de liberdade sonhada
e a tão pouco reduzidos,
tanta esperança perdida.

Muitos homens e mulheres
deram o corpo às balas
nos tempos da ditadura,
alguns entregaram a vida,
outros resistiram à tortura,
alguns acabaram no exílio
e viraram a vida do avesso,
luta dolorosa por um ideal
tendo como objectivo maior
a conquista da Liberdade.

Numa manhã de Abril,
os soldados saíram à rua
para desmembrar o poder
de um Estado ancilosado,
mas também já fragilizado,
incapaz de conseguir conter
o povo que viria para a rua
dar seu apoio aos militares,
e a esperança renasceu
de uma nova realidade.
...

EM - LIBERDADE - COLETÂNEA - IN-FINITA

O Catavento Dourado - JackMichel

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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O catavento dourado que girava
na direção do vento não teve tempo
de parar de rodar quando o menino 
que o segurava pisou numa casca
de banana e levou um tombo.

EM - PETIT - JACKMICHEL - IN-FINITA

Esquecimento - Rita Queiroz

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Lembranças...
Sonhos repetidos na tela translúcida da memória!
No tabuleiro...
Peças se movem sob a batuta de Chronos!
Você não volta...
Nos olhos, águas de março...
Nos lábios, um gosto amargo...
Dentro de mim, estilhaços...
Nada se apaga!

EM - ESSAS MULHERES - COLETÂNIA - IN-FINITA