quarta-feira, 4 de março de 2020

Sensível poeta - VANUZA SILVA

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Sou poeta nordestina,
Das bandas do Moxotó,
Aprendi desde menina,
O gosto por mocotó.

Que dá força e sustança,
Que chega a correr o suor,
Sou valente e destemida.

Honro o meu lugar
Não importa a distância
Nem o calor de amargar
Lá vivi minha infância.

Ouvindo o som da viola
Os cantadores a versar
Feito canário na gaiola
E eu ainda menina a prosear.

Ensaiando as primeiras estrofes
Menina, inocente a engatinhar
No berço da poesia “limitrofes”
Buscava inspiração, acarinhar.

O mundo fértil do pensamento,
Do imaginário sagrado que dá
Ao declamador o empoderamento
De criar no improviso, frase delicada.

De amor bonito, de sofrimento
Do que lhe vem no coração.
Mais sempre com a missão
De falar o que lhe toca a emoção.

Deixando o leitor estonteado
Conhecendo novos mundos
Pelo poeta apresentado
Em seus versos desnudados.

Sem medo de dizer o que sente
Para aquele que o escuta.
O poeta a verdade não mente,
E o leitor que esse sentimento oculta.

Se vê libertado, encorajado a viver
Aquele sentimento, escondido
Que temia em sobreviver
Lá fundo da sua alma, adormecido.

O dom da poesia é divino,
O poeta é sagrado, iluminado.
Diz o que pensa, cometi desatino
Porque é autentico e predestinado.

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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