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No silêncio ensurdecedor, o sofrimento se esconde,
Nas mais profundas trevas, sua presença encobre:
Uma ferida aberta, mas que não encontra cura,
Um mar de lágrimas onde tristeza se acumula.
O sofrimento é paradoxal, um frio ardente,
Uma dor lancinante que acaricia sem pudor.
É um peso insuportável, mas também uma leveza,
Uma angústia constante, em sutil delicadeza.
Ele se esconde nas risadas, nas lágrimas de alegria,
Na aparente calma que esconde uma agonia.
É um paradoxo de contrastes, uma luta sem razão,
Um caos silencioso que apunhala o coração.
No grito do silêncio, o sofrimento se revela,
Na dor que aperta e a esperança esmaga.
É um abraço vazio, um vácuo que consome,
Uma cicatriz tão forte que a alma sente fome.
É o paradoxo da existência, a dor e a superação,
A tristeza e a felicidade em constante confrontação.
No sofrimento, encontramos a força para renascer,
E nessas antíteses da vida aprendemos a viver.
Abrace o sofrimento, permita-se sentir a erosão,
É na antítese que vivemos o ápice da humanização.
Encontre no amor a cura para essa contradição,
E transforme o sofrimento em sua sublime canção.
EM - IMPÉRIO - ELIZABETE NASCIMENTO - IN-FINITA
