LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Toco-te com a sofreguidão do fim,
como se o amanhã não fosse suficiente.
Tudo é agora.
Sinto uma pressa que se entranha na pele, na carne, nos ossos.
Enlouqueço!
Toco-te com a sofreguidão do fim,
e antes do amanhecer tudo estará terminado.
Tu e eu numa dança libertina,
numa cadência frenética que angustia quem nos ouve.
Ouvem-nos de certeza!
Toco-te com a sofreguidão do fim,
e os primeiros raios iluminam as tuas teclas.
Na alvorada, o silêncio toma o meu corpo e o teu.
Mulher e máquina, máquina e mulher.
Somos uma só!
Toco-te com a sofreguidão do fim,
e de nós germinou uma obra de arte.
Olho para torre branca que se ergue a meus pés.
Folhas de papel fecundas de letras.
Sinto um arrepio! Fim!
O triunfo só se sente uma vez na vida.
Será?
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VIII - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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