LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Sim, sou o último poeta, o louco derradeiro
Triste sina a minha, desejei ser o primeiro
Vivi a vida sem nojeiras, sempre a pelejar
E nunca me limitei a apenas desejar...
Fui sempre à procura do que queria
Prova disso és tu, minha maior alegria!...
Deixa-me ficar para sempre no teu peito
E se vier a morte, que me encontre deste jeito
Completamente entregue a ti
E se puder, que desista e me deixe aqui...
Ainda temos tanto, mas tanto por viver
E juro que nunca te irei esquecer...
Mas este é o meu último poema, o mais desolador
Porque irá colocar o ponto final em toda a minha dor
Porque, na realidade, a minha vida não foi um viver
Foi apenas uma espera até finalmente desaparecer…
Apesar de todo o meu esforço em estar integrado
Sinto que tudo o que fiz acabou por ficar estragado
E o sonho de estares comigo não passou de uma ilusão
Um dos muitos delírios que trespassam o meu coração!
Quando vier a morte que seja apenas para me levar o corpo
Porque a alma não se deixa derrotar por um morto
E quando alguém perguntar por aí quem fui eu afinal
Só peço que respondam que fui o último Poeta de Portugal!
EM - DUELOS POÈTICOS - COLECTÂNEA JOÃO DORDIO - IN-FINITA
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