quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

A alvorada da diáspora - Gilmara Fonseca

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Nas ondas do tempo, um lamento se ouviu,
Ecoando pelas terras onde o sol reluziu,
Diáspora negra, saga triste e marcante,
No turbilhão da história, um povo exilado e errante.

Das terras-mães, rumo ao desconhecido,
Negras almas buscavam o sonho pretendido,
Por entre correntes, lágrimas, tristeza e dor,
A esperança os guiava, em busca de um novo alvor.

Despidos de liberdade, mas cheios de coragem,
Levaram consigo a cultura, riqueza da ancestralidade,
Na diáspora negra, uma história de resistência,
Lutando pela sobrevivência, pela própria existência.

No solo estrangeiro, raízes foram plantadas,
E a diáspora negra, nas veias, perpetuada,
Cantos, danças, rituais, memórias a guardar,
Preservando a identidade, para nunca se apagar.

Enfrentaram tempestades, intolerância e racismo,
Mas a força da diáspora negra, jamais pôde ser vencida,
Cada passo dado, uma história a narrar,
Da resiliência que brota do sofrer e do amar.

Hoje, a diáspora floresce em múltiplas cores,
Dispersa pelo mundo, espalhando seus valores,
É hora de exaltar a negritude com louvor,
E apagar de vez o estigma da dor.

Que a diáspora negra, em cada verso e canto,
Inspire a luta por igualdade, justiça e encanto,
E que o futuro seja um abraço fraterno,
Onde o amor supere todo ódio e inverno.

Porque na diáspora negra, há uma lição a se aprender,
De que somos todos irmãos, não importa o nascer,
Unidos na diversidade, abraçando nossa herança,
Celebrando a riqueza da vida, dança da esperança.

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VIII - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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