LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link
Sou discriminada ao nascer.
A felicidade de receber o alambamento é uma mistura
inebriante de felicidade
decepção
às vezes de terror…
Não irei trabalhar só nas lavras
muito menos levarei só os bois ao pasto.
A minha insignificância é perturbadora para o meu pai, que
só queria filhos homens para levantarem a carroça dos burros
Sou vista como o investimento familiar, mas assim mesmo
sou ignorada
sou motivo de discussão no negócio familiar
umas vezes com taxa elevadas, outras num preço promocional
ao do mercado
Hummm… aquele secular tributo…
Os frutos da minha árvore são minha pertença de ouvir dizer…
sirvo para gerar o negócio de família que rende com o meu ser.
A minha desclassificação começa antes do meu nascimento
sou o centro comercial do epicêntrico funcional das nações
desde o meu surgimento
sou pecadora nata de algo inventado para dar-vos supremacia
inventaram dogmas a minha imagem para não admitir
que a vida sem mim é insignificante.
O meu epicentro do terramoto é a luz que ilumina e aquece
os teus pilares
que dão consistência as novas gerações que inovam mas
sempre presos ao ontem
que não deixam o sol raiar
Mas, um dia ambos partiremos para um novo amanhecer
sem desigualdades,
seremos livres de dogmas seculares e terminaremos juntos
esta nova teoria,
a da equidade
EM - EROTISMO E SENSUALIDADE - COLECTÂNEA - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário