LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Sobe a maré dos meus dias tediosos terminados em suor e lágrimas
Aqueles que não sentem estão perdidos ou desligados
Encorajo o canto desafinado e rubro do meu rosto
Sinto a utopia se apagar e estamos acordados em diferentes lados.
Tenho os olhos vidrados em movimentos compactos
Não percebo teu sorriso dentre os outros sorrisos e perco
Então em outras noites escuras, racho o medo do céu
Deliro entre aspas do que não existe, não será e ainda está por vir
Ouço este pequeno gemido de longe e tenho me distraído
É como o Sol que não me esquenta, mas me anima
Me clareia, me dói, me conforta, me afeta e satisfaz
Na água norma de outro dia, no calejado balanço do eu
Figura em meus sonhos no passado e no futuro insólito
O contorno imaginado e sentido na ponta da língua
Como um oásis em meio a seca do deserto do meu coração
É o fruto de um mundo novo e desmedido após o colapso
Tenho como problema a solução do corpo eufórico do ser
Tenho como vontade o não poder
O gosto impossível do não ter.
A ilusão dourada refletida na íris de dias ímpares
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VII - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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