LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Quem canta seu mal espanta,
Diz o povo, com saber.
Eu canto e no meu cantar
Nunca espanto o meu mal.
Diz o povo, com saber.
Eu canto e no meu cantar
Nunca espanto o meu mal.
Solto-o, p’ra não padecer
E matar minha ansiedade,
Para com ele conviver
Em partilha e liberdade.
E matar minha ansiedade,
Para com ele conviver
Em partilha e liberdade.
Mal de amor
Mal de saudade e lembrança
De esperança
De apetite e de fastio
De saúde e de doença
Em pleno Estio.
Mal de saudade e lembrança
De esperança
De apetite e de fastio
De saúde e de doença
Em pleno Estio.
Mal de fome, de fartura e de excesso,
Tudo em prol do progresso.
Tudo em prol do progresso.
Mal do bem querer
O mal do querer saber
De conhecer, de aprender.
O mal do querer saber
De conhecer, de aprender.
E o mal do mal querer:
– O mal da guerra, sempre à espera,
Ao de cima da Terra.
– O mal da guerra, sempre à espera,
Ao de cima da Terra.
O mal da vida é o nosso bem,
É a nossa sorte.
É a nossa sorte.
O pior mal é o da morte,
Esse que se adivinha,
Que sempre vem...
Esse que se adivinha,
Que sempre vem...
EM - O AMOR NÃO TEM SUJEITO - TITA TAVARES - IN-FINITA
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