sexta-feira, 5 de junho de 2020

Húmida - JOÃO DORDIO e SUSANA NUNES


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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A minha face por te chorar tantas vezes
A minha pele pelas lágrimas que ainda escorrem
A minha língua quando falo de ti
O meu céu da boca quando digo o teu nome
O meu sexo quando te recordo dentro de mim...

A minha vida que na dor te esperou tanto
A minha alma que te aguardou
eternamente a volta
A minha garganta rouca
que te quis gritar os passos
O meu ventre ardente quanto te lembro
O meu cheiro mulher quando te penso
O meu desejo vermelho que em ti perpetua...

E fico assim húmida quando te tenho vivo ou em pensamento
Húmida quando em corpo porto te abrigas vigorosamente em mim
Húmida quando em pensamento te disfarças toda a noite de insónia
Húmida quando te vens com corpo ou me venho na mesma sem ti
Entre a volúpia dos meus dedos também húmidos de ti...

A minha voz que arde na tua
A minha palavra que lavra na tua boca
A minha alma quando te ama
O meu poema vivo quando te olho
O meu corpo todo quando já é teu!

EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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