sexta-feira, 19 de junho de 2020

Carrasco poético - ANA ACTO

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Sepultem-se as odes ao amor...
E que infecundas permaneçam
As que ousam semear
Se obscureça a mente
Do pecaminoso amante
Que em palavras profana
E nada sente
Que se revoltem os poetas
Nascidos da agonia
Da desventura e do fado
Desse mal amado
Refúgio dos que sofrem
Que se abram os sentires
Puros e sem rasuras
E que os deflagrem
Sobre suas palavras
Como expurga
E como cura

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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