domingo, 12 de abril de 2020

Pela porta que sonhara - ANTÓNIO RAMALHO


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Vestia-se a erguer o mar,
o acordar que fosse o que se passou a porta que estava
na desculpa,
que gostava de dormir na estrada com tempestades,
que sonhava à noite o que chamava,
sequer respondeu que tinha muito tempo,
a descer o caminho,
que ninguém falava, num barco sentindo o perfume
que podia ser
o que sempre pensava
que remava até ao infinito,
o que sentia aguentar
o pôr-do-sol quando vem olhar,
o que fez a tarde que é tarde a preferir ser,
quando estivesse a mergulhar na direção da terra,
quando é um novo dia,
na profundidade onde nasceria o sol,
que observava a vida quando julgava sem olhar,
no céu que fez a sombra de ninguém,
de um momento que tivesse,
a pescar o que gostava de ver
o que disse o sol na forma de estar,
com a luz que levava o meu corpo para a sombra,
cantando quando era o que pensou,
que havia no meu coração,
sem que sentisse o que disse à deriva,
a água azul que era o sinal do tempo,
no mar que via a profundidade que nada havia a fazer
enquanto fosse esperar
a força do tempo que quisesse.

EM - TOCA A ESCREVER - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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