segunda-feira, 17 de junho de 2019

Côncavo/convexo - JOSÉ LUIZ MELO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO PELO AUTOR

Este soneto que lhe faço estando
a minha alma de joelhos, genuflexa,
junto aos seus pés, assim, como rezando,
numa atitude mana, circunflexa.

Ela se sente um cego tateando,
procurando no escuro alguma brecha,
buscando a luz que acende lhe ofuscando,
ignorando o que fazer, perplexa!

Mas não fatigue o fogo enquanto briga
para manter acesa a doce flama,
que lhe arde e que chameja como urtiga.

Não se saiba sequer quando começa,
nem quais arpejos dança aquela chama,
que sapateia côncava, convexa!

EM - SEGUNDO LIVRO DOS SONETOS - JOSÉ LUIZ MELO - NOVOESTILO

Sem comentários:

Enviar um comentário