domingo, 6 de maio de 2018

Pausa - EDSON MENDES

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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Desejo calar-me,
enquanto cresce a relva.
Desejo ouvir-me
enquanto ouço toda gente.
Desejo ver-me
quanto me vejo,
mesmo ausente.
E enquanto isso, ainda
quase um desejo,
quase um castigo,
desejo ouvir-te,
ouvir os filhos,
e com os olhos
entreabertos
ouvir cioso
os companheiros
que restarem.
Se restarem.


EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS - ANTOLOGIA - IN-FINITA

1 comentário:

  1. Encaixa-se neste poema o ditado: a palavra é de prata , o silêncio é de .ouro.
    Apreciei

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