terça-feira, 2 de julho de 2019

Às vezes também é preciso lembrar - ISABEL BASTOS NUNES

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Somos a angústia do existir
Somos palavras mortas que transportamos
Para além do nosso sentir,
Somos sombras ensandecidas,
pelos mistérios da existência,
Somos loucos enraivecidos,
por tantas incongruências que,
Parecemos fantoches comandados por cordelinhos,
baixando a cabeça a quem nos maneja
de forma discreta e sorrateira,
Fazendo-nos acreditar no destino.

Somos a angústia do existirmos,
num tempo de inconsciências,
De guerras e assassínios,
de estropícios entre os povos desavindos,
Matando, violando, sacrificando,
rasgando o ventre à humanidade,
Sendo que, são sempre os mais frágeis
a sofrer as piores consequências.
Sendo humilhados até perderem a sua própria condição
humana.

Somos o paradigma de uma civilização em desgoverno,
fanática e cruel,
Em que os governantes brincam com a guerra
como se fossem jogos de computadores.
Qual será o destino das gerações vindouras?
Se hoje já se mata por um simples cordel?

EM - ENTRE OS POEMAS... AS PALAVRAS - ISABEL BASTOS NUNES - IN-FINITA

2 comentários:

  1. Um poema com uma mensagem muito assertiva, actual, condensando o quanto se comporta o Homem perante si mesmo... Hoje as armas são as mais sofisticadas, de todos os tempos.....Qual o destino do amanhã, interroga o poema.

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