quinta-feira, 18 de junho de 2020

Coringa - MARCELO FROTA


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Quero o silêncio do quarto
Ruídos agora não me atraem
Como companhia na noite

Ainda absorto em Coringa
Considero começar uma revolta
Assassinar fascistas medíocres
Nas ruas sujas da cidade

Em mim mesmo sou caos
Grão de areia no oceano urbano
A cidade dorme serena
Enquanto vislumbro sangue e vísceras

Uma sociedade doente constrói
Os doentes da sociedade
Lhes dá rostos distorcidos
Gesta atos de terror condenável

Em mim mesmo busco sangue
E dentes limpos
Corto gargantas que advogam
A desigualdade das minorias

Coringa, apenas tentou colocar
Um sorriso feliz no rosto
E falhou.

EM - TOCA A ESCREVER - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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