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Gosto
das pedras quietas
Sempre
graves, sempre de gravata escura
sempre
no limiar da porta
aguardando pássaros
Aí,
conversam essas mudezas miúdas
de pés de passarinho e cisco
Agudas
e antigas
Não há
juventude nas pedras
já
nasceram velhas
já
nasceram sem exclamação
São
pesados vagos pontos-finais.
Mas
gosto das pedras
pelo universo que revolvem
nas abelhas, nas formigas, na lesma
Tão
certas, tão castas
tão
precisas, tão diluvianas
tão
estradas, tão errantes
Tão
retratos dos meus olhos
Gosto
das pedras ficando
enquanto
vou passando
com meu verso de andorinha
desregulando
a paisagem da palavra
na moldura da tarde.
EM - ECOS DO NORDESTE - ANTOLOGIA - IN-FINITA
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