LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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A janela ao vento se abriu
E vezes sem conta retorquiu
Sobre o que ouviu.
O que escutou?
Ninguém o sabe.
Apenas deu conta a avozinha
Que em sua cadeira de baloiço
Rezou que emudecesse o moço
E prezasse a sua mãezinha.
A janela recatou a oração
E culpando a absorta correção,
Chorou lágrimas
Que sobre a mesa escorreram
E da chuva decorreram
Em desabafo da triste manhãzinha...
Ao alvorecer,
Luziram ondas que estenderam a luz
E abrindo a janela que ao dia sorriu
Deu a avozinha formosa alquimia,
Dando mercês a um novo dia.
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS IV - ANTOLOGIA - IN-FINITA
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